Ao realizar esse processo mental de esclarecimento sobre as coisas e atividades que influenciam e preenchem o nosso tempo, acabamos percebendo que, muitas vezes, há um gasto excessivo de energia mental e, portanto, foco, em coisas que não irão repercutir positivamente em área alguma de nossas vidas.
Há alguma área de sua vida em que você está gastando um tempo e
preocupação enormes, além da conta, em troca de benefício nenhum (ou
mínimo)?
O problema não é a existência de coisas que não importam, mas sim o
fato de que muitas pessoas deixam suas vidas serem controladas por fatos que
não influenciarão concretamente seus destinos. Trata-se, pois, de
adequar as coisas que ocupam nossa atenção ao seu devido contexto, a fim de que
não interfiram em nossa vida além do necessário e suficiente para cumprirem seu
papel.
Assistir TV é bom e tem sua função, mas você não pode deixar que esse
ato de total passividade e inércia dite o rumo de sua vida.
Jogar videogame é um passatempo
divertido, mas não provoca mudanças na sua vida, logo, deve ser
praticado com moderação.
Torcer pelo time de futebol é
ótimo, mas se não ganhar os jogos, tudo bem, pois a vida segue.
Os exemplos são inúmeros, e podemos ver o impacto que eles causam
sobretudo na área de relacionamentos.
Há coisas que simplesmente não importam, e continuamos a nos importar
com elas.
Quer um exemplo?
Nós nos preocupamos em saber se fulano vai conseguir o emprego, se a
sicrana irá se casar com o sicrano, como o colega conseguiu ter “aquele” carro,
e então concentramos nossa atenção, focamos nossa energia mental, criamos
nossas preocupações, em torna da vida das outras pessoas.
E daí?
Isso vai ajudar a melhorar nossas próprias vidas?
Trocando em miúdos: essas pequenas coisas do dia-a-dia em que
concentramos a nossa atenção, e, portanto, com a qual nos importamos, importam,
de fato, para nós?
Que benefício haverá para nós saber que o fulano (não) conseguiu o
emprego, que o outro nosso amigo não irá mais casar, que ele está com o carro…?
Coisas que importam muito, coisas que importam pouco
Como consequência desse tipo de atitude, acabamos negligenciando
justamente as áreas mais importantes de nossas vidas.
Assim, nas finanças, só começamos a nos importam quando se
instala algum problema financeiro. Nós só nos importamos com a saúde
quando ela começa a nos debilitar: poucos são os que têm uma preocupação
genuína em fazer uma manutenção preventiva. Da mesma forma, na família,
nós não nos importamos com sua evolução e cuidados, achando que os
relacionamentos dentro do núcleo familiar irão acontecer de modo natural,
como se esforço não fosse necessário.
E, para completar, acabamos não nos importando com a espiritualidade,
só nos socorrendo dela quando há problemas, problemas na área das finanças,
problemas na família, problemas na saúde.
E qual é a causa de tudo isso?
Sim, você adivinhou… no decorrer de nossas vidas, as coisas que pouco
importam recebem uma importância desproporcional, da mesma forma que as coisas,
que verdadeiramente importam, pouco importaram para a gente durante
esses longos anos…
Solução
A saída para sair desse estado mental que não ajuda ninguém a melhorar
de vida é simples, e você já deve suspeitar qual seja: trata-se de concentrar
nossa atenção e nossa energia mental em coisas que de fato farão a diferença
positiva em nossas vidas.
São essas coisas que verdadeiramente importam para nós, pois são
essas que nos farão melhorar a qualidade de nossas vidas.
O que você pode fazer hoje, agora, para ter uma vida cujos atos
realmente importam para você?
É ler um livro?
É cozinhar?
É frequentar uma aula de idiomas?
É fazer uma caminhada no parque para melhorar a saúde?
É arrumar o guarda-roupas que há “séculos” está pedindo uma arrumação?
É um telefonema para aquele amigo que você não vê há tempos?
É estudar para aquele concurso?
É fazer aquele investimento financeiro?
Pois então faça.
Passe a levar uma vida em que as coisas com as quais você se preocupa
possam repercutir de volta para você.
Só há acréscimo no seu bem-estar a partir do momento em que você age, e
só há ação a partir do momento em que seu foco se direciona a coisas que
importem a você, e que importem para você.
E aí, vamos começar?
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