terça-feira, 17 de abril de 2012

As coisas com as quais você se importa são importantes?



Ao realizar esse processo mental de esclarecimento sobre as coisas e atividades que influenciam e preenchem o nosso tempo, acabamos percebendo que, muitas vezes, há um gasto excessivo de energia mental e, portanto, foco, em coisas que não irão repercutir positivamente em área alguma de nossas vidas.

Há alguma área de sua vida em que você está gastando um tempo e preocupação enormes, além da conta, em troca de benefício nenhum (ou mínimo)?

O problema não é a existência de coisas que não importam, mas sim o fato de que muitas pessoas deixam suas vidas serem controladas por fatos que não influenciarão concretamente seus destinos. Trata-se, pois, de adequar as coisas que ocupam nossa atenção ao seu devido contexto, a fim de que não interfiram em nossa vida além do necessário e suficiente para cumprirem seu papel.

Assistir TV é bom e tem sua função, mas você não pode deixar que esse ato de total passividade e inércia dite o rumo de sua vida.

 Jogar videogame é um passatempo divertido, mas não provoca mudanças na sua vida, logo, deve ser praticado com moderação.

 Torcer pelo time de futebol é ótimo, mas se não ganhar os jogos, tudo bem, pois a vida segue.

Os exemplos são inúmeros, e podemos ver o impacto que eles causam sobretudo na área de relacionamentos.

Há coisas que simplesmente não importam, e continuamos a nos importar com elas.

Quer um exemplo?

Nós nos preocupamos em saber se fulano vai conseguir o emprego, se a sicrana irá se casar com o sicrano, como o colega conseguiu ter “aquele” carro, e então concentramos nossa atenção, focamos nossa energia mental, criamos nossas preocupações, em torna da vida das outras pessoas.

E daí?

Isso vai ajudar a melhorar nossas próprias vidas?

Trocando em miúdos: essas pequenas coisas do dia-a-dia em que concentramos a nossa atenção, e, portanto, com a qual nos importamos, importam, de fato, para nós?

Que benefício haverá para nós saber que o fulano (não) conseguiu o emprego, que o outro nosso amigo não irá mais casar, que ele está com o carro…?

Coisas que importam muito, coisas que importam pouco

Como consequência desse tipo de atitude, acabamos negligenciando justamente as áreas mais importantes de nossas vidas.

Assim, nas finanças, só começamos a nos importam quando se instala algum problema financeiro. Nós só nos importamos com a saúde quando ela começa a nos debilitar: poucos são os que têm uma preocupação genuína em fazer uma manutenção preventiva. Da mesma forma, na família, nós não nos importamos com sua evolução e cuidados, achando que os relacionamentos dentro do núcleo familiar irão acontecer de modo natural, como se esforço não fosse necessário.

E, para completar, acabamos não nos importando com a espiritualidade, só nos socorrendo dela quando há problemas, problemas na área das finanças, problemas na família, problemas na saúde.

E qual é a causa de tudo isso?

Sim, você adivinhou… no decorrer de nossas vidas, as coisas que pouco importam recebem uma importância desproporcional, da mesma forma que as coisas, que verdadeiramente importam, pouco importaram para a gente durante esses longos anos…

Solução

A saída para sair desse estado mental que não ajuda ninguém a melhorar de vida é simples, e você já deve suspeitar qual seja: trata-se de concentrar nossa atenção e nossa energia mental em coisas que de fato farão a diferença positiva em nossas vidas.

São essas coisas que verdadeiramente importam para nós, pois são essas que nos farão melhorar a qualidade de nossas vidas.

Saiba ter foco apropriado nessa “era da distração”.

O que você pode fazer hoje, agora, para ter uma vida cujos atos realmente importam para você?

É ler um livro?

É cozinhar?

É frequentar uma aula de idiomas?

É fazer uma caminhada no parque para melhorar a saúde?

É arrumar o guarda-roupas que há “séculos” está pedindo uma arrumação?

É um telefonema para aquele amigo que você não vê há tempos?

É estudar para aquele concurso?

É fazer aquele investimento financeiro?

Pois então faça.

Passe a levar uma vida em que as coisas com as quais você se preocupa possam repercutir de volta para você.

Só há acréscimo no seu bem-estar a partir do momento em que você age, e só há ação a partir do momento em que seu foco se direciona a coisas que importem a você, e que importem para você.

E aí, vamos começar?


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