quinta-feira, 1 de março de 2012

Livros, um grande prazer!!!




Hoje fiz uma das coisas que mais gosto de fazer:  fui a uma livraria, me sentei no chão de folheei vários livros em busca de alguns novos exemplares rsrs.
Voltei para casa com a sacola cheia... Cheia de novas paixões, novos livros prontos para serem devorados...
Sou uma devoradora de livros! Amo-os!
leio 2,3 ao mesmo tempo rsrsrsrs

Comprei 2 da Martha Medeiros, minha musa inspiradora... Amo seus textos!
Eles invadem minha alma!
Me tomam por completo...
Suas crônicas são como livros de consulta rsrs
Nada como uma mulher inteligente, resolvida, forte para escrever sobre a alma feminina... sobre os sentimentos, as sutilezas da vida... e todo o resto...



Todo o resto

Certo e errado são convenções que confirmam-se com meia dúzia de atitudes.
Certo é ser gentil, respeitar os mais velhos, seguir uma dieta balanceada, dormir oito horas por dia, lembrar dos aniversários, trabalhar, estudar, casar e ter filhos, certo é morrer bem velho e com o dever cumprido.

Errado é dar calote, rodar de ano, beber demais, fumar, se drogar, não programar um futuro decente, dar saltos sem rede. Todo mundo de acordo??
Todo mundo teoricamente de acordo, porem a vida não é feita de teorias. E o resto?

É tudo aquilo que a gente mal consegue verbalizar, de tão intenso?
Desejos, impulsos, fantasias, emoções. Ora, meia dúzia de normas preestabelecidas não dão conta do recado. Impossível enquadrar o que lateja, o que arde, o que grita dentro de nós.
Somos maduros e ao mesmo tempo infantis, por trás do nosso autocontrole há um desespero infernal. Possuímos uma criatividade insuspeita, inventamos musicas, amores e problemas e somos curiosos, queremos espiar pela fechadura do mundo para descobrir o que não nos contaram. Todo o resto.
O amor é certo, o ódio é errado e o resto e uma montanha de outros sentimentos, uma solidão gigantesca, muita confusão, desassossego, saudades cortantes, necessidade de afeto e urgências sexuais que não se adaptam as regras do bom comportamento.

Há bilhetes guardados no fundo das gavetas que contariam outra versão da nossa história, caso viessem a publico.
Todo o resto é o que nos assombra, as escolhas não feitas, os beijos não dados, as decisões não tomadas, os mandamentos que não obedecemos, ou que obedecemos bem demais – a troco de que fomos tão bonzinhos?
Há o certo, o errado e aquilo que nos da medo, que nos atrai, que nos sufoca, que nos entorpece.
O certo é ser magro, bonito, rico e educado.
O errado é ser gordo, feio, pobre e analfabeto, e o resto nada tem a ver com estes reducionismos, e nossa fome por idéias novas, e nosso rosto que se transforma com o tempo, e nossas cicatrizes de estimação, nossos erros e desilusões.
Todo o resto é muito vasto. E nossa porra-louquice, nossa ausência de certezas, nossos silêncios inquisidores, a pureza e inocência que nos mantem vivas dentro de nos mas que ninguém percebe, so porque crescemos.

A maturidade é um álibi frágil. Seguimos com uma alma de criança que finge saber direitinho tudo o que deve ser feito, mas que no fundo entende muito pouco sobre as engrenagens do mundo.
Todo o resto e tudo aquilo que ninguém aplaude e ninguém vaia, porque ninguém vê.

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